quinta-feira, 3 de julho de 2008

A Menina de Sapatos Hot Pink

Depois de reencontrar amigos que não via há tempos, a menina de sapatos hot pink andava pelas ruas da metrópole rapidamente. Já era tarde, precisava descansar após longos dias de trabalho exaustivo. Eram apenas três quadras do bar até o seu carro verde abacate. Recusou que lhe descem carona, os amigos deixaram seus carros em outra direção e pensou, porque fazê-los acompanhá-la por três quadras? Sabia que apesar da pequena distância, tinha que ficar alerta, a metrópole é hostil. Ao se aproximar do seu carro, avistou um homem que andava em zigue-zague, claramente bêbado.

O que bêbados podem fazer contra uma pessoa? Numa balada, achar que está passando o melhor xaveco de sua vida na garota, levar um fora e ainda achar que a mina é vagabunda. Num bar, contar segredos dos amigos e nem perceber. Num casamento, consumir ilícitos na frente dos pais.

E nas ruas da metrópole? Correr atrás da menina de sapatos hot pink.

Ao perceber que poderia ser atacada, correu e correu. Parecia a Lola de Corra, Lola Corra. Parecia que suas pernas proporcionais a 1,58m de altura, possuíam 1,20m somente de perna como Ana Hickman. Parecia que a calça justa Skinny era de moleton. Parecia que tinha fôlego de maratonista e que nunca havia fumado um cigarro.

Eis que encontra dois seguranças na porta de um restaurante e pede ajuda. Na verdade, antes cruzou um rapaz, com pinta de playboy, pediu ajuda e ele correu em outra direção. Playboys são assim, se acham o máximo, mas cagam nas calças quando se sentem ameaçados. O segurança, perguntou o que aconteceu e lhe ofereceu ajuda. Acompanhou a menina de sapatos hot pink até seu carro. O bêbado continuava rondando o carro da menina, mas ao perceber que agora, estava acompanhada, seguiu adiante. Covarde.

A menina ligou o carro, saiu cantando pneu e aos poucos recuperou o fôlego. Ao entrar em casa, já ria do ocorrido. Ainda bem que a menina de sapatos hot pink, já havia superado a situação.

*****************************

Moral da história: As mulheres independentes esquecem que independência não tem nada a ver com zelo pela sua segurança.

3 comentários:

PrimaGêmea disse...

Mai, que loucura.

Apesar da situação péssima seu texto ficou ótimo, o Sarau acho que te inspirou bem...

E aprendi: todas as vezes que alguém oferecer muito uma coisa, aceite!

E quando pensar, deixo o carro na rua ou no estacionamento, deixe no estacionamento.

Coisas que também aprendi!!!

Bjo enorme.

Vanz disse...

eis que temos uma nova literata na turma. que orgulho. ficou bom seu conto baseado em fatos reais, leitura fluida, sem travas. a situação, não lá das boas, prova que é nos conflitos que criamos bons textos. vida morosa não pega nada! legal é ter endorfina.

beijos.

Vanz disse...

ATUALIZA! ATUALIZA! ATUALIZA! ATUALIZA! ATUALIZA! ATUALIZA!ATUALIZA! ATUALIZA! ATUALIZA!ATUALIZA! ATUALIZA! ATUALIZA!ATUALIZA! ATUALIZA! ATUALIZA!