Costumava chorar mais. Havia um grande problema no meu coração, que se esvaia em tristeza quando aqueles que vivem ao meu redor teimavam em partir. Eu temia por eles. Imaginava que, ao se jogarem no mundo, seriam abocanhados pelos crocodilos da má sorte. Fantasiei que a zona de conforto era a melhor situação da vida.
Eu era boba e não sabia.
Ultimamente, despedidas não me emocionam. Hoje, quando choro, é de raiva (como no episódio em que meu brinco predileto caiu no ralo e foi morar no Rio Pinheiros para sempre). Vivo um período em que cada dia nasce com uma despedida. Um grupo de doze amigos e companheiros de labuta está se desfazendo. Eu sorrio com a certeza de que doze novos grupos ganharão mais brilho com cada um daqueles que partem dessa confortável situação.
Eu estou confiante e não sabia.
Um brinde aos novos. Novos jeitos de ganhar a vida, novos amores eternos enquanto durem, novas viagens internas e externas, novos destinos seguros ou incertos, ao novo par de brincos que, algum dia, se tornará meu predileto. Um brinde às oportunidades que estão e virão.
Eu estou criando motivos para me embriagar e não sabia.
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3 comentários:
Obrigada pela sua doação aos nossos olhos, ouvidos, aos nossos sonhos e desejos, e esperança de um novo melhor. Beijos
ai ai
Qdo eh o proximo brinde? demorou!
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