sábado, 2 de junho de 2007

O companheiro dos últimos tempos

Simplismente sou apaixonada pelas crianças do Jostein Gaarder.
Abaixo transcrevo um trecho da obra.
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Queríamos ir a Atenas, só que não para passar férias de verão: em Atenas, ou em algum outro ponto da Grécia, queríamos procurar mamãe. Não tínhamos certeza de que iríamos encontrá-la; e, caso a encontrássemos, não tínhamos certeza de que ela voltaria conosco para a Noruega. Mas precisávamos tentar, dizia meu pai, pois nem ele e nem eu podíamos suportar a idéia de ter de passar o resto de nossas vidas sem ela. Mamãe tinha nos deixado, meu pai e eu, quando eu tinha quatro anos.
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Mamãe quis sair pelo mundo para se encontrar. Meu pai e eu podíamos até entender que a mãe de um garoto de quatro anos se sinta perdida algum dia. E demos a ela todo o nosso apoio nesse projeto de se encontrar. Só que eu nunca consegui entender por que ela teve de ir embora para realizar seu desejo. Não consegui entender por que ela não pôde fazer isso dentro de casa mesmo, em Arendal, ou então por que não se contentou com uma viagem até Kristiansand. Meu conselho para todos os que querem se encontrar é continuarem bem onde estão. Do contrário, é grande o risco de se perderem para sempre.
Já fazia tanto tempo que a mamãe tinha ido embora que eu já nem me lembrava muito bem como ela era. Só sabia que era muito mais bonita do que todas as outras mulheres. Pelo menos era o que dizia o meu pai. Ele também dizia que quanto mais bonita uma mulher, tanto mais difícil era para ela se encontrar.
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Este post é dedicado à Cristina. Vá e ganhe o mundo minha amiga. Ficaremos na saudade e na ausência de sua companhia para os dias sem gasolina.

3 comentários:

Vanz disse...

Guinéka, você realmente nem desconfia a razão de gostar tanto deste trecho? Ouso dar uma dica: é teu desejo também.
O casulo está apertado. Solte-se dele e voa para o outro lado do atlântico. Novas terras, novos mares. O mediterrâneo soprou ao meu ouvido - disse que sempre te espera. Então faça-o feliz. Vá.

Guinéka disse...

No fundo do fundo bem profundo mesmo, sempre sabemos o que devemos fazer, não?

PrimaGêmea disse...

Espero que saibamos...
Espero que eu saiba...
Espero encontrar o que procuro... Mas sei no fundo, no fundo, bem no fundo mesmo, que tenho certeza de que eu sei, de que vou me encontrar, encontrar coisas que me farão crescer por dentro, como gente...
Estou feliz por isso!